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quarta-feira, 8 de abril de 2020

Amarelo


Coração Amarelo (1968), uma cápsula pneumática com espaço suficiente para duas pessoas, que pode ser inserida em qualquer ambiente, para proporcionar uma mudança na pressão do ar, no tato e no tempo de reverberação — uma nova experiência sensorial. Coração Amarelo foi projetado pelo grupo vienense Haus-Rucker-Co, composto pelos arquitetos Laurids Ortner, Günter Zamp Kelp e o artista Klaus Pinter ● Neste autorretrato, as cores originais, cuidadosamente compostas por Vincent van Gogh (1853-1890), desbotaram com o tempo. Por exemplo, o fundo roxo que contrastava com seu chapéu de palha amarelo. Não se pode conhecer melhor Vincent do que através das suas cartas, cerca de setecentas e cinquenta. Escreve a seu irmão Theo em 23 de janeiro de 1889: "Sabes que Jeannin tem a peônia, que Quost tem a malva-rosa, mas eu tenho um pouco o girassol" ● As instruções de uso que acompanham a obra Capri-Batterie, do artista alemão Joseph Beuys (1921-1986), exibem a seguinte advertência: "Trocar a bateria após 1000 horas", mas a lâmpada nunca se esgota porque não pode ser ligada. Embora seja um dos objetos mais alegres que Beuys fez, Capri-Batterie contém muitos dos interesses do artista sobre política energética e sua preocupação com o consumo de recursos naturais e meio ambiente. Beuys foi membro do Partido Verde alemão, e trabalhou com o objetivo de desafiar as fronteiras entre natureza e cultura ● Infelizmente, já não enxergo mais as blusas amarelas costuradas com três metros de poente de Vladimir Maiakovski. O cenário agora é outro.
© Haus-Rucker-Co, Coração Amarelo, Viena, 1968 (Link Zamp Kelp Yellow heart) / Vincent van Gogh: Autorretrato com Chapéu de Palha, agosto-setembro 1887, óleo sobre papelão / State © Van Gogh Museum, Amsterdam / © Vincent van Gogh Foundation (Pierre Cabanne, Van Gogh, tradução M. H. Bairrão Oleiro, Editorial Verbo, 1971) / Joseph Beuys, Capri-Batterie, 1985, lâmpada, tomada de luz e limão, © VG Bild- Kunst, Bonn, Alemanha, fotografia © Antonia Reeve