Coração Amarelo (1968), uma cápsula pneumática com espaço suficiente para duas pessoas, que pode ser inserida em qualquer ambiente, para proporcionar uma mudança na pressão do ar, no tato e no tempo de reverberação — uma nova experiência sensorial. Coração Amarelo foi projetado pelo grupo vienense Haus-Rucker-Co, composto pelos arquitetos Laurids Ortner, Günter Zamp Kelp e o artista Klaus Pinter ● Neste autorretrato, as cores originais, cuidadosamente compostas por Vincent van Gogh (1853-1890), desbotaram com o tempo. Por exemplo, o fundo roxo que contrastava com seu chapéu de palha amarelo. Não se pode conhecer melhor Vincent do que através das suas cartas, cerca de setecentas e cinquenta. Escreve a seu irmão Theo em 23 de janeiro de 1889: "Sabes que Jeannin tem a peônia, que Quost tem a malva-rosa, mas eu tenho um pouco o girassol" ● As instruções de uso que acompanham a obra Capri-Batterie, do artista alemão Joseph Beuys (1921-1986), exibem a seguinte advertência: "Trocar a bateria após 1000 horas", mas a lâmpada nunca se esgota porque não pode ser ligada. Embora seja um dos objetos mais alegres que Beuys fez, Capri-Batterie contém muitos dos interesses do artista sobre política energética e sua preocupação com o consumo de recursos naturais e meio ambiente. Beuys foi membro do Partido Verde alemão, e trabalhou com o objetivo de desafiar as fronteiras entre natureza e cultura ● Infelizmente, já não enxergo mais as blusas amarelas costuradas com três metros de poente de Vladimir Maiakovski. O cenário agora é outro.
© Haus-Rucker-Co, Coração Amarelo, Viena, 1968 (Link Zamp Kelp Yellow heart) / Vincent van Gogh: Autorretrato com Chapéu de Palha, agosto-setembro 1887, óleo sobre papelão / State © Van Gogh Museum, Amsterdam / © Vincent van Gogh Foundation (Pierre Cabanne, Van Gogh, tradução M. H. Bairrão Oleiro, Editorial Verbo, 1971) / Joseph Beuys, Capri-Batterie, 1985, lâmpada, tomada de luz e limão, © VG Bild- Kunst, Bonn, Alemanha, fotografia © Antonia Reeve